Às vezes tenho que relembrar esse poema para não cair...
Mantendo a Esperança
Sou o poeta amordaçado
Com o pensamento engasgado
Com a vista rouca
De tanto olhar o mundo
Sou o poeta algemado
De dedos roídos
De pés gangrenados
Tão esfomeado
Tão sem paladar
Tão sem palavra para dar
Vender
Emprestar
Sou o poeta espancado
Pela minha própria estupidez
Tão ensangüentado
De sangue coalhado
Em cima do altar
Sou oferta dos deuses
Que nem um inseto
Veio visitar
Sou doente, raquítico
Louco, sifilítico
Guerreiro e pacifico
Depende do dia
Sou aquele que fez
O que você faria
E não fará mais
Sou aquele que fala
Com os animais
Falando através
Aqui desta criança
Mantendo a esperança
De querer muito mais.
(Joelson de Souto)
Dobradinha de Walter pode ser com Dr Bernardo
Há uma hora




















Rosângela Cunha | 1 de outubro de 2009 às 22:19
Lindo poema! É a esperança
que nos mantém vivos.
Abtaço!
Joelson de Souto | 2 de outubro de 2009 às 10:59
certeza é o que sustenta a fruta no galho até ela amadurecer e nos dar sabor e vida. abração querida