A linguagem não é a estereotipada dos “marginais”, mas a nossa própria linguagem, porque somos cidadãos/atores que convivemos diariamente com tais situações. O nosso humor é livre e comprometido somente com a nossa história de promoção da alegria e conscientização cidadã junto à comunidade geral. E daí se quaser sempre somos “politicamente incorretos”? se a politica quase nunca é correta conosco!
O espetáculo levanta questões grandes, urgentes e importantes: drogas, marginalização, violência, oportunidade e consciência. Esta última é a maior de todas, já que quando falamos de drogas não fazemos campanha contra as drogas, fazemos campanha a favor da consciência do cidadão. Um personagem usa droga, rouba, sofre algumas consequências e acaba pensando, outro não usa droga, rouba, sofre algumas consequências e pensa; um terceiro não usa, não rouba, sofre – mesmo assim – algumas consequências e reflete. O problema está na droga? Na educação? No sistema? Na polícia? Na sociedade? Na família? Na política? No indivíduo? Ninguém tem a obrigação de nos dar essa resposta, mas nós temos o direito de pensar sobre isso.
JOELSON DE SOUTO, vendo o mundo em todas as cores.
0 comentários: