Dia Nacional do vaqueiro


Dia instituído pela Lei número 11.797/08. Questõeshistóricas justificam a escolha da data para comemorar o Dia Nacional do Vaqueiro. No estado do Piauí, na cidade de União, no dia 29 de agosto de 1944 foi organizada a primeira passeata de vaqueiros do Brasil.

O tipo étnico do vaqueiro provém do contato do branco colonizador com o índio, durante a penetração do gado nos sertões do Nordeste brasileiro.


O vaqueiro é a figura central de uma fazenda. Seu trabalho é árduo e contínuo. Passa grande parte do tempo montado a cavalo percorrendo a fazenda, fiscalizando as pastagens, as cercas e as aguadas (fonte, rio, lagoa ou qualquer manancial existente numa propriedade agrícola).


A vestimenta compõe-se de gibão, pára-peito ou peitoral, perneiras, luvas, jaleco e chapéu. O gibão é enfeitado com pespontos e fechado com cordões de couro. O pára-peito ou peitoral é seguro por uma alça que passa pelo pescoço. As perneiras que cobrem as pernas do pé até a virilha são presas na cintura para que o corpo fique livre para cavalgar. As luvas cobrem as costas das mãos, deixando os dedos livres e nos pés o vaqueiro usa alpercatas ou botinas.

O vaqueiro usa sempre um par de esporas e nas mãos uma chibata de couro, indicando que, se não está montado poderá fazê-lo a qualquer momento.

POR  NATHAN JADIEL

Vaqueiros de Umarizal durante lançamento do Ponto de Cultura Umari - Cultural - Umarizal 2011 - foto: uzl em fotos
O VELHO VAQUEIRO

O Velho vaqueiro chora 
Com saudades do passado.
Mesmo c’ um nó na garganta
Solta um aboio chorado
Num relembrado penoso
Lacrimeja o desditoso
No seu canto acabrunhado. 

Pita um cigarro de palha 
E puxa pela memória
Buscando em cada pitada
Um pouco de sua história
Coloca e tira o chapéu
Olha pro chão e pro céu
Nas cenas da trajetória. 

Hoje somente a saudade 
Habita seu coração.
Pois morando na cidade
Vive de recordação,
E chora pela boiada
Que por ele era tocada
Nas quebradas do sertão.

Texto de Dalinha Catunda

E agora uma homenagem aos vaqueiros do grane amigo e poeta Jatão Vaqueiro:

Vaqueirama da cidade de Umarizal durante cavalgada  na região oeste potiguar - 2013 

Mostrando sentimento
Minha querida Dalinha
Mostra o sofrimento
Do vaqueiro da terrinha
Que hoje mora na cidade
Vivendo a modernidade
Longe da vida que tinha

Não tem mais o terreiro
Cheio de galinha e pato
Não corre no tabuleiro
Atrás de boi no mato
Nem planta mais feijão
Pra comer com chambão
Que no sertão é bom prato

Fica a saudade do gado
Das vacas do curral
Do jumento encambitado
Chapéu de couro e bornal
Da novilha amarela
Que corria atrás dela
Dentro do mofumbal

Mais a vida continua
E o vaqueiro afamado
Olhando o claro da lua
Ainda lembra do passado
Quando tangia boiada
Dentro da mata fechada
Num cavalo bem arreado

Texto: Jatão Vaqueiro

Via: Blog do Jatão Vaqueiro

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