O Sinte/RN está desafiando a
Secretaria de Educação a mostrar, através dos contracheques, os mais de 90%
alardeados como percentual de reajuste salarial. Segundo a coordenadora geral
do Sinte-RN, professora Fátima Cardoso, ao contrário do governo Rosalba que
distorce os percentuais, os contracheques mostram a verdade.
Segundo ela, os depósitos
desmascaram o argumento do Governo e comprovam o que cada professor recebeu de
correção salarial ao longo da gestão Rosalba. Pelos dados colhidos pelo
Sindicato, em 2011, o Executivo Estadual somou os 15,85% da correção salarial
do piso à gratificação deixada pela gestão anterior, o que totalizou 34%. “Este
percentual foi aplicado de setembro a dezembro de 2011 quando deveria ter sido
aplicado em a partir de janeiro, conforme a lei”, ressalta Fátima.
Ela explica ainda que em 2012 a
Lei do Piso obrigou o estado a corrigir os salários em 22,22%, no ano seguinte
a correção foi de 7,14%. “Estamos em fevereiro de 2014, mas até o momento
nenhum centavo foi recebido pelos educadores, sendo que a correção que deve ser
aplicada neste ano é de 8,32%”, denuncia.
Na pauta da greve consta a
reivindicação para que seja pago neste mês de fevereiro o percentual de 8,32%
mais 13%, o que irá totalizar o percentual de 91%. “A questão é que para isso o
Governo precisa ainda enviar uma Lei à Assembleia Legislativa determinando o
percentual de 21,32% para o reajuste. A governadora está contabilizando como
ganho algo que sequer foi enviado para a aprovação”, Explicou Fátima Cardoso.
No entanto, a coordenadora faz
questão de esclarecer que esse percentual não significa concessão do governo e
não cobre a dívida gigantesca de direitos trabalhistas que crescem a cada dia,
gerando prejuízos irreparáveis para a categoria.
“A lei do Piso busca tirar do
magistério a condição de profissão em extinção, por oferecer salários
inferiores em cerca de 50% por cento em relação as demais categorias com a
mesma formação. Os reajustes no Rio Grande do Norte só acontecem por força de
uma lei federal que visa preencher esse abismo que nos separa das outras
categorias. No mais o Governo faz tudo para economizar com nosso dinheiro,
negando direitos e impedindo avanços fundamentais para a melhoria da escola
pública”, explica.
Veja no: http://www.sintern.org.br/noticias/visualizar/2687
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