Volta do Festival de Recife

     Antes de começar a nossa viagem pelo 8º Festival de Teatro de Rua do Recife, queríamos aqui nos desculpar pelo atraso nas atualizações de nosso blog. O fato é que ultimamente estamos numa correria só, com apresentações, ensaios e reuniões para as comemorações das festividades natalinas e de fim de ano.
     Então vai aí a primeira parte de um festival que nos encanta até os dias de hoje:


     Nada melhor pra definir esses nove dias de muita arte e cultura popular do que vermos as palavras do mestre Junio Santos, um dos homenagiados do evento. 


Um dos homenagiados Junio Santos
FOTO: Lulinha

"O Movimento Popular Escambo de Rua representado pelos grupos Ciranduís de Janduís-RN, Arte e Riso de Umarizal-RN, La Trupe de Natal-RN, Cervantes do Brasil de Icapuí-CE, Pintou Melodia na Poesia de Maranguape-CE, Cavalheiros da Dama Pobreza de Fortaleza e o Circo Além da Lona de Campinas-SP teve a honra e o prazer de viver de forma intensa o 8º FESTIVAL DE TEATR DO RECIFE que contou ainda com a participação de grupos de João Pessoa-PB, a Cia UmPéDeDois de Porto Alegre e los hermanos do Circo V da Argentina, vários grupos de Pernambuco e por três dias a convivência com o Mestre dos Mestres o companheiro AMIR HADDAD.

Sentimos nessa intensa semana de teatro que esse festival é vivo, resistente e rompe com a visão centralizadora desse estado caótico e doente que investe milhões de reais em grandes eventos internacionais que se transformam em eventos que somem, que não integram e que não circulam por onde estão aqueles e aquelas que não tem acesso nenhum a arte.

No Recife, com apenas promessas de R$ 25.000,00 sendo 15.000,00 da prefeitura e 10.000,00 do estado e sem a participação da FUNARTE que desconhece um festival que desde 2003 é realizado e que já sediou um encontro da rede brasileira de teatro de rua, não destinou nada, nem o que havia sido acertado verbalmente com os que fazem o festival de recife. Mais um absurdo dessa maquina enferrujada que privilegia, como sempre privilegiou os governantes burgueses do passado fechados em seus supermercados culturais se apresentando para uma elite escolhida a dedo.

Só nos resta continuar perguntando. Pra que serve então um governo que se diz popular???

Esse foi o mote do festival. Os grupos se apresentavam na parte da tarde no Largo do Carmo com uma roda com cerca de 1000 pessoas e a noite na frente das pequenas casas da intensa e descuidada periferia do Recife e sempre o povo perguntava, questionava e reclamava pela quantia tão pequena dos 'DITOS APOIOS" e pela falta de participação do Governo Federal.

Mais as coisas aconteceram numa boa. Nos hospedamos na casa do Alexandre Menezes, um dormindo por cima do outro e cada um fazendo sua parte na limpeza, na alimentação (que teve a participação efetiva de sua mãe) e se articulando e vivendo com o povo da comunidade de Guabiraba. Nenhum frio hotel do centro nos proporcionaria uma hospedagem tão quente, tão humana, tão satisfatória. [...]"

Junio santos


Agora vejamos alguns momentos: (parte 01)


O outro homenagiado Hamir Haddad - RJ

O mestre Poeta Ray Lima 

Grande amigo e artista Katarina

Um dos organizadores do festival: o ator Alexandre

Joelson de Souto

João Paulo (tatu)

Emanuel Coringa

Palhaço Lombriga

Palhaço Ruivão

Palhaço Gravatinha

Homem Banda - RS

Cortejo durante o espetáculo "Lâminas" de Ray Lima

O povo

A roda

O verdadeiro artista de rua ao lado de Joelson

Nossa reação

Outra reação

Todas as fotos por: Lulinha - PE

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