VIVER DE VERSO, MORRER DE POESIA - POR XICO BIZERRA.




Nesse chão que se recheia de meu verso
Enfeitado de sanfona e cantoria
Vou tentando fazer minha poesia
Muitas vezes sabendo que tergiverso
Procurando no eixo do universo
A palavra e a rima independente
Pra agradar ao meu povo e a minha gente
Num poema mais sucinto e conciso
E assim eu vou vivendo de improviso
Na certeza que vou morrer de repente

Vou remando com a rima da emoção
Dirigindo cada mote da harmonia
Velejando nos ares da poesia
Flutuando para qualquer direção
Sou o sim em meio à safra de não
Sou a tarde enfeitada de poente
Me escondendo para nascer novamente
Pra levar no rosto um novo sorriso
E assim eu vou vivendo de improviso
Na certeza que vou morrer de repente.

Do: http://agroecologianews12.blogspot.com.br/

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