Tadeusz Kantor, Foto da Internet |
- retrato nu do homem,
- exposto a qualquer transeunte,
- silhueta elástica.
- O ator,
- forasteiro,
- exibicionista desavergonhado,
- simulador fazendo demonstração de lágrimas,
- de riso,
- de funcionamento,
- de todos os órgãos,
- dos vértices do espírito, do coração, das paixões,
- do ventre,
- do pênis,
- o corpo exposto a todos os estimulantes,
- todos os perigos,
- e todas as surpresas;
- engodo,
- modelo artificial de sua anatomia,
- e de seu espírito,
- renunciando à dignidade e ao prestígio,
- atraindo os desprezos e os escárnios,
- tão perto das lixeiras quanto da eternidade,
- rejeitado pelo que é normal,
- e normativo em uma sociedade.
- Ator
- que vive unicamente
- no imaginário,
- levado a um estado de insatisfação crônica
- e de insaciabilidade perante tudo
- aquilo que existe realmente,
- fora do universo da ficção,
- que o compele
- a uma nostalgia perpétua
- constrangendo-o
- a uma vida nômade.
- Ator forasteiro,
- eterno errante
- sem lar nem lugar,
- buscando em vão o porto,
- carregando em suas bagagens
- todo o seu bem,
- suas esperanças, suas ilusões perdidas,
- o que é sua riqueza
- e sua carga,
- uma ficção
- que ele defende zelosamente até as últimas conseqüências
- contra a intolerância de um mundo indiferente.
O escambo mais uma vez foi massa! Valeu galera e todos os escambistas!!!
Maisy de Souto
Postado por Jardeu Amorim
Izócelis Escaleno | 18 de novembro de 2011 às 13:47
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Parabéns pelo poema, Maisy...
e para o escambo também!
talvez você não lembre-se de mim.
Eu lembro de você...
abraços a todos,
seu irmão( grande amigo)
também!!!
Espero voltar a casa de vocês
repetir o extaze daquelas servejas
jogadas em meio a boas conversas!
P.S.
quer publicar seu poema no meu blog?
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envie seu trabalho, + uma imagem
que vc queira publicar junto ao poema(geralmente uma imagem sua):
yurihicaro@hotmail.com
yuri hicaro