Capoeira como uma alternativa para o ensino de música em sala de aula na Escola Zenon de Souza.

José Ricardo apresenta o Berimbau a aluna Vitória Eli do 9º ano 'B' matutino
Ideia do professor de Artes Francisco Roberlânio, a Capoeira a cada dia faz mais parte da rotina dos alunos em sala de aula da Escola Estadual Zenon de Souza em Umarizal/RN. É válido salientar que o esporte tipicamente brasileiro já faz parte do quadro da escola, tendo até atletas classificados para as finais do JERNS (Jogos Escolares do Rio Grande do Norte) na cidade do Natal ainda este ano sob o comando de Leonardo Alves capoeirista e brincante na Cia. Arte e Riso. 

Aluno Luiz Matheus do 9º ano 'B' matutino observa José Ricardo  manipular o Berimbau 
Com uma nova proposta o professor Roberlânio que faz um trabalho voltado para o ensino de música e sonoridade na escola, junto com José Ricardo, referência da Capoeira Nacional em nosso estado e um dos pioneiros do esporte em Umarizal apresentam a Capoeira como instrumento alternativo para desenvolver a musicalidade em sala de aula, e tem dado bons resultados, principalmente no tocante ao respeito por esta arte, onde muitas vezes não é dado o valor necessário, e pouco conhecida em sua essência que vai muito além de saltos e giros, mas que é nossa origem, a raiz de nosso povo, e isso está sendo internalizado pelos alunos da Escola Zenon de Souza. Respeito as nossas tradições.

José Ricardo e Professor Francisco Roberlânio
Palavras do professor Francisco Roberlânio:

“A HISTORIA DE UM POVO ATRAVES DA SUA MUSICALIDADE”

“O projeto da capoeira como uma alternativa para o ensino da música continua. E já esta rendendo frutos. Neste pequeno trecho fizemos a seguinte dinâmica: Após constarmos o significado da ladainha no contexto musical apagamos as luzes e pedimos aos alunos que de olhos fechados imaginassem a cena que estava sendo cantada. Foi interessante notar que alguns se emocionaram. Conseguimos naquele momento criar uma conexão entre nosso alunado e o sofrimento de um povo e suas raízes. Desde o inicio para cá notamos um maior engajamento e interesse por parte da maioria em querer saber um pouco mais da arte em si (capoeira) como também da valorização do artista local”.

Ainda completou:

“Cheios de curiosidades e já sentindo-se mais motivados, alguns alunos arriscaram tocar algumas notas no berimbau e puderam notar a complexidade que há por trás desse instrumento histórico. Nosso objetivo não é criar um grupo de capoeira na escola. Isso existe aos montes no Mais Educação e outros projetos similares, nosso olhar é outro, nosso direcionamento é bem mais amplo e visamos a educação musical usando a capoeira como ferramenta para isso. é uma estratégia interessante pois partindo daí temos abordados os mais diversos temas e assuntos que não há necessidade relatar aqui. O que podemos concluir é que sim é possível criar um ensino alternativo para tal”.

1 comentários:

  • Anônimo | 3 de setembro de 2015 às 22:05

    fico feliz pela divulgação de nosso trabalho aqui nesse blog tao conceituado na área das artes. Pretendo proximo ano trazer um trabalho parecido voltado para o teatro com enfase no trabalho de voces.
    minha intenção é estar resgatando amor e respeito a cultura local, pois um povo sem cultura é um povo sem raiz

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