Quem diria que chegaria o dia que
numa pequena cidade, que quase não cresce, perderíamos o direito de ir e vir?
Quem diria que chegaria o dia que
amanheceríamos o dia com medo?
Quem diria que chegaria o dia que
teríamos que tirar relógio, joias e celular para poder ir à rua?
Quem diria que chegaria o dia que
perderíamos nossas raízes e a noite as calçadas ficariam vazias?
Quem diria que chegaria o dia que
nos prenderíamos dentro das nossas próprias casas?
Quem diria que chegaria o dia que
nos sentiríamos mais seguros na capital que no nosso interior?
Quem diria que chegaria o dia que
teríamos tanta inversão de valor?
Quem diria que chegaria este dia.
Para alguns está tudo sob
controle.
Para muitos está tudo fora do
controle.
Mas as ruas estão aí, vazias.
Assim como a grande maioria...
E o muro das lamentações não é
aqui. Não se pode mais esperar.
Então, que o povo descruze os
braços e saia do cômodo (ou incômodo) de suas casas e vá às ruas lutar por
aquilo que sempre lhe foi de direito: A paz, a liberdade e a pacata vida de uma
cidade do interior.
RAF, 20.05.14
Victor Richelly | 23 de maio de 2014 às 12:53
Fantástico, Dr. Roberto, pois é... Quem diria???? Escreve muiiito!!!!