Palhaços Lombriga e Bole - bole durante apresentação no ia 27, dia do circo -2013
A Cia. Arte e Riso esteve no último dia 27 de março, na cidade de Macau – RN, com os palhaços Lombriga (Emanuel Coringa) e Bole – bole (Victor Miranda) participando das comemorações alusivas ao dia o circo durante a programação do Projeto “Teatro na Escola Professora Lúcia Régio” da Escola Estadual Maria de Lurdes, que teve como principal articulador para o desenvolvimento do mesmo, o ator umarizalense Emanuel Coringa que atua na referida escola.

Durante todo o dia houve muita conversa sobre o circo com o Mestre Junio Santos do Movimento Escambo, Victor Miranda, Emanuel Coringa e artistas tradicionais de circo, além de apresentação de vídeos, oficinas e espetáculos circenses na escola.

Momento único para a comunidade escolar da cidade de Macau.

Programação:


Secretaria Estadual de Educação e Cultura
6ª Diretoria Regional de Educação – DIRED
Escola Estadual Professora Maria de Lourdes
Macau/RN

PROJETO DE TEATRO NA ESCOLA


PROGRAMAÇÃO

8h – Abertura – Direção da Escola e 6ª DIRED - Lançamento do Projeto de Teatro na Escola Professora Lúcia Régio;
08h30min - Amostra de vídeos de circos;
10h - Apresentação dos palhaços Lombriga e Bole - bole (Cia. Arte e Riso);
·  Espetáculo Mundo Mágico (Turma do 9º ano da E.E. Maria de Lourdes);
14h - Bate papo com artistas circenses, Victor Miranda e Emanuel Coringa da Cia. Arte e Riso e Junio Santos funador do Movimento Escambo;
15h - Lanche;
16h - Apresentação do espetáculo “Quem aposta come brocha” da Cia. Arte & Riso de Umarizal/RN;
19h - Amostra de Vídeo de Circos e bate papo;
20h - Oficinas de iniciação teatral ao malabares e a corda bamba;

OBS.: Oficina com vagas limitadas e inscrições na diretoria da escola, os participantes serão resumidos aos alunos da escola com idade a partir de 11 anos de idade.

APOIO: CIA. ARTE & RISO DA CIDADE DE UMARIZAL/RN

6ª DIRED – MACAU; educacaomacau.blogspot.com.br;

Secretaria Estadual de Educação e Cultura
6ª Diretoria Regional de Educação – DIRED



Momentos:



























Foto: Arte e Riso -Palhaços Gravatinha e Ruivão - Festa de São José -2013
As Cias. Arte e Riso e Culturarte participaram na última terça (19), de mais um ano das festividades em comemoração ao dia de São José na cidade de Umarizal. A festa que já faz parte do calendário cultural do município teve na sua última noite a apresentação dos palhaços das duas companhias. Foi uma noite de muita brincadeira e diversão para todos que prestigiaram mais um evento realizado pela Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, grupo de jovens da comunidade e demais parceiros que fazem a Igreja de São José. Os Palhaços Gravatinha, Ruivão, Rapadura, Bola Bole e Muciroca da Cia. Arte e Riso Cia. E, Firula e Batata da Cia. Culturarte, além de alguns componentes das duas cias que colaboraram para o espetáculo acontecer.

Vejamos alguns momentos:












Momento dos parabéns - Palhaço Ruivão ,e ao fund, Ruan Pablo e família
A Cia. Arte e Riso esteve no último domingo (17), na comunidade de Marianas - Caraúbas em mais uma animação. Desta vez, no aniversário do pequeno Ruan Pablo que festejou com a garotada seu primeiro aninho. Os palhaços Ruivão e Gravatinha fizeram a festa para todos. Parabéns  ao Ruan Pablo, sua Mãe Nêmora  e toda a família.

Abraço.
Foto: Parte do elenco do espetáculo "Mamãe, Quero Ser!" Umarizal - 2013
O espetáculo “Mamãe, Quero Ser!” criado a partir das oficinas de teatro de Rua “Palhaceando a Rua” do Ponto de Cultura “Umari Cultural – Um Rio de Cultura Popular” ano passado, está circulando por várias comunidades rurais da região do alto oeste potiguar.

Foto: elenco do espetáculo "Mamãe, Quero Ser!" finalizando a apresentação

Um bando de palhaços levando alegria e muita diversão a famílias atingidas pela estiagem que assola o nosso sertão está novamente em cena, e, desta vez, será no próximo dia 16 de março (sábado), às 19:00hs na comunidade de Teixeira município de Rafael Godeiro – RN, em frente a capela de São José.


Foto: Cia. Arte e Riso e Culturarte- Divulgação do espetáculo - fevereiro de 2013
Todos estão convidados a participar de mais uma festa do teatro popular realizada pela Cia. Arte e Riso, Cia. Culturarte, ponto de Cultura Umari Cultural – Um Rio de Cultura Popular, Associação dos Amigos da Casa de Cultura de Umarizal, Prêmio Agente Jovem de Cultura do Ministério da Cultura e Diaconia –Umarizal.
  
Confira ainda:
http://www.diaconia.org.br/novosite/midia/int.php?id=490

Nota:

Nós que fazemos as Cias. Arte e Riso e Culturarte pedimos desculpas a toda a comunidade de Santa Luzia e demais amigos pelo cancelamento do ensaio geral que aconteceria hoje, 15, às 19:00hs na Capela de Santa luzia. Tal programação foi adiada do bairro por problemas na geração de energia da cidade e consequentemente de comunicação com representantes da devida capela. Aqui ficam nossos pedidos de reconsideração.

Agradecemos a compreenção de todos.
"Ancorar é outro falar, tempo que navegaremos não se pode calcular"!


A atriz natalense, Mayra Montenegro, estará em Umarizal no período de 19 a 21 de maio de 2013, com o Projeto “De Janelas e Luas”, contemplado pelo BNB de Cultura 2012.

O projeto consiste em uma apresentação do monólogo que dá nome ao projeto, que dura em média 30 minutos e uma conversa com o público. Faz parte ainda, uma oficina de voz com duração entre 04 e 06 horas.

A ação será realizada em parceria com o Ponto de Cultura Umari Cultural – Um Rio de Cultura Popular, Associação Amigos da Casa de Cultura de Umarizal, Cia. Arte e Riso, Cia. Culturarte e demais parceiros.


Datas das viagens do Projeto De Janelas e Luas:


1 a 3 de Março: Bananeiras - PB

15 a 17 de Março: Nova Palmeira - PB

5 a 7 de Abril: Itabaiana - PB...

19 a 21 de Abril: Umarizal - RN

3 a 5 de Maio: Janduís - RN

17 a 19 de Maio: Açu - RN

Patrocínio: Programa de Cultura Banco do Nordeste / BNDES – Edição de 2012.

Criação: Mayra Montenegro e Eleonora Montenegro.
Inspirado no poema “Ismália”, de Alphonsus de Guimaraens.
Atuação: Mayra Montengro.
Direção: Eleonora Montenegro.
Direção Musical: Eli-Eri Moura.
Concepção de Luz: Robson Haderchpek.
Confecção das Ribaltas: Ronaldo Costa.
Concepção de Figurino: Mayra Montenegro.
Confecção de Figurino: Fatima Rocha.
Cenário e adereços: Mayra e Eleonora Montenegro.
Confecção do banquinho: Martinho Roberto Moura.
Confecção do chão: Coletivo Negro Charme.
Projeto Gráfico: Estúdio P Fotografia e Criatividade.
Produção: Sílvia Rodrigues.
Realização: Arkhétypos Grupo de Teatro.

Texto Base Cia. Ciranduís

Em breve será divulgado o local do espetáculo na cidade de Umarizal.
Cartaz do espetáculo "TRetrato do Artista Quando Coisa"
É preciso transver o mundo, disse Manoel. O espetáculo Retrato do Artista Quando Coisa é o resultado de uma série de transvisões e transversões, é o fruto do olhar modificado dos atores pela poesia cheia de deslimites do Manoel, é invenção do olhar que vê de azul. Os atores, assim, com o olhar azulado, cheios de pássaros e atentos mesmo para as coisinhas mais ínfimas, convidam o público a transver: as cenas, os objetos, a eles, a si mesmos, enfim, as coisas. Pois tudo vira coisa, tudo fica passível de transformação, de ser visto de azul, de ser revisto e transvisto.

O espetáculo tem predileção por transver as coisas abandonadas, tem um olhar para baixo – como o que Manoel confessou ter. Os objetos que compõem o cenário são trastes encontrados no meio da rua, ou inutilidades trazidas a titulo de descarte pelos próprios atores ou por amigos. Os atores se abandonam às coisas, para delas extrair poesia, para fabricar brinquedos com palavras, para revelar seus retratos. O espetáculo é, antes de tudo, um convite. Um convite à brincadeira, ao encantamento, à desconstrução das palavras acostumadas, à linguagem dos pássaros e das pedras, ao deslimite.

Ator e Produtor umarizalense Arlindo Bezerra em cena
SOBRE O GRUPO

A Bololô Cia. Cênica surgiu em 2009 quando Arlindo Bezerra, Luana Menezes, Paulinha Medeiros e Rodrigo Silbat se encontraram no curso de Teatro da UFRN, e decidiram, imatura e irresponsavelmente, mas cheios de sonhos e determinações, criar um coletivo em que pudesse explorar as potencialidades das linguagens cênicas do intérprete-criador, em um trabalho artístico de continuidade.

Em 2011, foi estreado o primeiro espetáculo “Todo Avental”, uma adaptação do texto de Marcos Barbosa “Avental Todo Sujo de Ovo”, dirigido pelo jovem encenador Alex Cordeiro e patrocinado pelo programa BNB de Cultura 2010 – BNDES. Em 2012, a Companhia foi convidada a participar do Projeto Jovens Escribas em Cena, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare em parceria com o coletivo de escritores Jovens Escribas. Nasceu, a partir deste projeto, o experimento “Na Mesa com o Bobo”, uma adaptação do texto Yorrick, de Márcio Benjamim - o trabalho permanece enquanto um experimento cênico performático no repertório da companhia.

Quando a Bololô Cia. Cênica, ainda no início da sua gestação, assistiu ao espetáculo “Aqueles Dois” da Cia. Luna Lunera (BH), nasceu um desejo intuitivo de trabalhar com eles, nasceu o desejo do encontro. Ao optar pela poesia de Manoel de Barros, ou por ela sermos optados, idealizamos o Projeto Retrato do Artista Quando Coisa, viabilizado através do Prêmio Myriam Muniz de Teatro – FUNARTE 2011, que

possibilitou o encontro das companhias e por fim deu forma ao espetáculo Retrato do Artista Quando Coisa.

Cia. Luna Lunera - ESBOÇO DO ARTISTA QUANDO COISA

Viemos a Natal trazidos por nosso espetáculo “Aqueles Dois”, em 2009. A peça, criada a partir do conto de Caio Fernando Abreu, fala do encontro movido pelo afeto dos personagens Raul e Saul; uma trajetória que tem nos permitido belos laços. “Aqueles Dois” havia sido dirigido a dez mãos. E os integrantes da Bololô Cia. Cênica quiseram que algumas dessas mãos se unissem às deles para dirigi-los em sua nova criação.

Nós, vindos de Minas, periodicamente estivemos aqui, em 2012, entre travessias, e-mails, presença e estímulo. Daqui de Natal, uma equipe cuidadosa e atenta deu suporte aos atores-criadores vigorosos e plenos de vontade. Um exercício instigante, libertário, objeto retirador de ceras do ouvido, de escamas dos olhos e

do sebo da pele.

Juntos de Manoel de Barros, exercitamos o ser “capaz de inventar um lagarto a partir de uma pedra”, “uma tarde a partir de uma garça”. Talvez a ideia é que esse exercício seja contínuo e mutável a cada encontro com o espectador. Por isso brincamos, há pouco, se tratar de um “Esboço”. Porque, para que essa vivência se torne mesmo um “Retrato”, é preciso que o espectador se abandone ali no quintal, jogando conosco. Talvez a ideia seja que este grande “bololô” formado debaixo da imensa árvore torta nem precise mais de ideias: “terá chuvas, tardes, ventos, passarinhos”, tudo tão bonito e simples que mereceria ser chamado “coisa”.

(Cia. Luna Lunera, 2012)

FICHA TÉCNICA

Elenco:

Arlindo Bezerra
Luana Menezes
Paulinha Medeiros
Rodrigo Silbat

Direção: Cia. Luna Lunera
Assistência de direção: Alex Cordeiro
Concepção: Bololô Cia. Cênica, Cia. Luna Lunera,
Alex Cordeiro e Paula Vanina
Direção de arte: Paula Vanina
Direção musical: Ângela Castro, Tiquinha Rodrigues, Toni Gregório
Iluminação: Bololô Cia. Cênica
Consultoria de iluminação: Ronaldo Costa
Operação de iluminação: Alex Cordeiro
Preparação vocal: Tiago Landeira
Preparação corporal: Rodrigo Silbat
Dramaturgia: Luana Menezes
Fotografia: Pablo Pinheiro e Tiago Lima
Video-documentário: Larissa Ribeiro Dantas
Produção: Mapa Realizações Culturais

Serviço
Retrato do Artista Quando Coisa

Local: Casa das Artes de Ponta Negra (Rua São Mateus, 430, Vila de Ponta Negra)
Datas: Fevereiro - Dia 23 (sábado)
Março – Dias 02, 09, 16, 23 e 30 (sábado)
Dias 24 e 31 (domingo)
Hora:17h
Valor de ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Venda de ingressos: MAPA Realizações Culturais
Informações: 2010 5980

As tensões internas da Igreja atual


Jornal do Brasil Leonardo Boff*

Imagem retirada da internet - google- Vaticano
 
Não me proponho apresentar uma balanço do pontificado de Bento XVI, coisa que foi feito com competência por outros. Para os leitores talvez seja mais interessante conhecer melhor uma tensão sempre viva dentro da Igreja e que marca o perfil de cada papa. A questão central é esta: qual a posição e a missão da Igreja no mundo?

Antecipamos dizendo que uma concepção equilibrada deve assentar-se sobre duas pilastras fundamentais: o Reino e o mundo. O Reino é a mensagem central de Jesus, sua utopia de uma revolução absoluta que reconcilia a criação consigo mesma e com Deus. O mundo é o lugar onde a Igreja realiza seu serviço ao Reino e onde ela mesma se constrói. Se pensarmos a Igreja demasiadamente ligada ao Reino, corre-se o risco de espiritualização e de idealismo. Se demasiadamente próxima do mudo, incorre-se na tentação da mundanização e da politização. Importa saber articular Reino-Mundo-Igreja. Ela pertence ao Reino e também ao mundo. Possui uma dimensão histórica com suas contradições e outra transcendente.

Como viver esta tensão dentro do mundo e da história? Apresentam-se dois modelos diferentes e, por vezes, conflitantes: o do testemunho e o do diálogo.

O modelo do testemunho afirma com convicção: temos o depósito da fé, dentro do qual estão todas as verdades necessárias para a salvação; temos o sacramentos que comunicam graça; temos uma moral bem definida; temos a certeza de que a Igreja Católica é a Igreja de Cristo, a única verdadeira; temos o Papa que goza de infalibilidade em questões de fé e moral; temos uma hierarquia que governa o povo fiel; e temos a promessa de assistência permanente do Espírito Santo. Isto tem que ser testemunhado face a um mundo que não sabe para onde vai e que por si mesmo jamais alcançará a salvação. Ele terá que passar pela mediação da Igreja, sem a qual não há salvação.

Os cristãos deste modelo, desde Papas até os simples fiéis, se sentem imbuídos de uma missão salvadora única. Nisso são fundamentalistas e pouco dados ao diálogo. Para que dialogar? Já temos tudo. O diálogo é para facilitar a conversão e é um gesto de civilidade.

Bento XVI negou o título de “Igreja” às igrejas evangélicas, ofendendo-as duramente O modelo do diálogo parte de outros pressupostos: O Reino é maior que a Igreja e conhece também uma realização secular, sempre onde há verdade, amor e justiça; o Cristo ressuscitado possui dimensões cósmicas e empurra a evolução para um fim bom; o Espírito está sempre presente na história e nas pessoas do bem; Ele chega antes do missionário, pois estava nos povos na forma de solidariedade, amor e compaixão. Deus nunca abandonou os seus e a todos oferece chance de salvação, pois os tirou de seu coração para um dia viverem felizes no Reino dos libertos.

A missão da Igreja é ser sinal desta história de Deus dentro da história humana e também um instrumento de sua implementação junto com outros caminhos espirituais. Se a realidade tanto religiosa quanto secular está empapada de Deus devemos todos dialogar: trocar, aprender uns dos outros e tornar a caminhada humana rumo à promessa feliz, mais fácil e mais segura.

O primeiro modelo do testemunho é da Igreja da tradição, que promoveu as missões na África, na Ásia e na América latina, sendo até cúmplice em nome do testemunho da dizimação e dominação de muitos povos originários, africanos e asiáticos.

Era o modelo do Papa João Paulo II que corria o mundo, empunhando a cruz como testemunho de que ai vinha a salvação. Era o modelo, mais radicalizado ainda, de Bento XVI que negou o título de “Igreja” às igrejas evangélicas, ofendendo-as duramente; atacou diretamente a modernidade pois a via negativamente como relativista e secularista. Logicamente não lhe negou todos os valores mas via neles como fonte a fé cristã. Reduziu a Igreja a uma ilha isolada ou a uma fortaleza, cercada de inimigos por todos os lados contra os quais importa se defender.

O modelo do diálogo é do Concílio Vaticano II, de Paulo VI e de Medellin e de Puebla na América Latina. Viam o cristianismo não como um depósito, sistema fechado com o risco de ficar fossilizado, mas como uma fonte de águas vivas e cristalinas que podem ser canalizadas por muitos condutos culturais, um lugar de aprendizado mútuo porque todos são portadores do Espírito Criador e da essência do sonho de Jesus.

O modelo do diálogo se faz urgente para a Igreja sair da crise que atingiu seu ponto de honra: a moralidade e a espiritualidade

O primeiro modelo, do testemunho, assustou a muitos cristãos que se sentiam infantilizados e desvalorizados em seus saberes profissionais; não sentiam mais a Igreja como um lar espiritual e, desconsolados, se afastavam da instituição mas não do Cristianismo como valor e utopia generosa de Jesus.

O segundo modelo, do diálogo, aproximou a muitos pois se sentiam em casa, ajudando a construir uma Igreja-aprendiz e aberta ao diálogo com todos. O efeito era o sentimento de liberdade e de criatividade. Assim vale a pena ser cristão.

Esse modelo do diálogo se faz urgente caso a instituição-Igreja quiser sair da crise em que se meteu e que atingiu seu ponto de honra: a moralidade (os pedófilos) e a espiritualidade (roubo de documentos secretos e problemas graves de transparência no Banco do Vaticano).

Devemos discernir com inteligência o que atualmente melhor serve à mensagem cristã no interior de uma crise ecológica e social de gravíssimas consequências. O problema central não é a Igreja mas o futuro da Mãe Terra, da vida e da nossa civilização. Como a Igreja ajuda nessa travessia? Só dialogando e somando forças com todos.

*Leonardo Boff, Teólogo e Filósofo, é autor de Igreja: carisma e poder, livro ajuizado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.

Foto: Cia. Ciranduís - Arte do Escambito Raízes realizado no ano de 2012
A Cia. Arte e Riso e o Grupo Culturarte da cidade de Umarizal estão confirmados na programação do Escambirto Raízes que acontecerá na cidade de Janduís no período de 25 a 28 de abril desse ano, evento que contará com presenças de vários artistas do país.

Nesta edição, o encontro realizado pela Cia. Ciranduís em parceria com a Associação Amigos da Casa de Cultura, o Ponto de Cultura Em Cena Ação, FUNCULT (Fundação de Cultura) e outros grupos janduienses prestará homenagem à própria Cia. Ciranduís, que estará completando nesse período 20 anos de muita insistência e resistência cultural pelo Brasil.

Estão confirmados para a edição 2013:

Movimento Escambo / Fortaleza_CE
- Trupe Rebiboca / Aquiráz_CE
- Grupo Deu Zebra no Teatro / Alto Santo_CE
- Cia. Arte da Ribeira / Icó_CE
- Grupo Frente Jovem / Aracati_CE
- Ray Lima / Maranguape_CE
- Projeto Abelhar / Felipe Guerra_RN
- Junio Santos / Macau_RN
- Cia. Art N’Vêia / Gov. Dix-Sept Rosado_RN
- Cia. Arte e Riso / Umarizal_RN
- Cia. Culturarte / Umarizal_RN
- Movimento mulheres em Ação / Upanema_RN
- Grupo Maria Cardodo / Caicó_RN
- Maria Eduarda / Lucrécia_RN
- Cia. Escarcéu de Teatro / Mossoró_RN
- Grupo O Pessoal do Tarará / Mossoró_RN
- Coletivo Fulô / Natal_RN
- Cia. Arte e Ação / Messias Tragino_RN
- Grupo Dançart / Caraúbas_RN
- Grupo Manjericão / Porto Alegre_RS
- Universidade Federal de Minas Gerais / Uberlandia_MG
- Trupe Circuluz / São Luis_MA
- Coletivo Pés de Fulô Nucleo de Teatro e Boneco / São Luís_MA

Em breve traremos mais informações desse evento tão importante para o calendário cultural do Rio Grande do Norte, no que se refere as Artes públicas de Rua.
Escritor Luis Fernado Veríssimo - Foto: retirada da internet
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela "nossa distinta Rede Globo", mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo.

O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos.

Gays, lésbicas, heteros... Todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , •visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Luis Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro

Nota:
Talvez a opinião de um grande homem de nome consagrado no país como o de Veríssimo possa abrir as mentes de muitas pessoas, já que a nós não dão ouvidos.

Mazzaropi - Ator, produtor e cineasta brasileiro. Foto: Internet

A Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) abre inscrições para o Prêmio Culturas Populares 2012, neste sábado, dia 5 de janeiro de 2013. O edital foi publicado no Diário Oficial da União no dia 5 de novembro de 2012.

O edital selecionará 350 projetos e as inscrições estarão abertas até o dia 5 de abril. O prêmio terá um investimento total de R$ 5 milhões e nesta edição homenageia o ator, produtor e cineasta paulista Amácio Mazzaropi, que completaria 100 anos de idade no dia 9 de abril de 2012.

O edital destina-se a Mestres da Cultura Popular e a grupos ou comunidades que desenvolvam iniciativas que destaquem e fortaleçam as expressões da Cultura brasileira.

Informações

Dúvidas e informações referentes a este Edital poderão ser esclarecidas e/ou obtidas junto à SCDC/MinC, por meio do endereço eletrônico: culturaspopulares@cultura.gov.br.


Mais Sobre Mazzaropi:

Homenageado Amácio Mazzaropi - Imagem da internet
O homenageado

Amácio Mazzaropi teve uma infância pobre, mas despertou seu interesse pelo teatro desde pequeno.Começou a atuar na cidade de Taubaté (SP) em 1931 e, em 1942 montou a Troupe Companhia Amácio Mazzaropi e passou a viajar pelo interior do país com um pavilhão – um barracão de tábuas corridas, coberto de lona, com cadeiras e bancos de madeira para a plateia – chamado de Teatro de Emergência.

Em 1943 recebe uma herança da avó Maria Pitta e realiza o sonho de colocar uma cobertura de zinco em seu pavilhão e assim, poder estrear na capital. O pavilhão é instalado no Bairro de Santana e se torna sucesso, com a casa sempre cheia. Com o sucesso, Mazzaropi assina contrato com o Teatro Colombo onde atuou por mais de um ano.

Em 1946 passa a fazer o Programa Rancho Alegre na Rádio Tupi sob a direção de Cassiano Gabus Mendes. No fim do ano, ele assina contrato com a Companhia Dercy Gonçalves e atua ao lado da atriz, na super revista Sabe lá o que é isso? de Jorge Murad, Paulo Orlando e Humberto Cunha, no Cine Theatro Odeon.

Em 1951 surge o primeiro convite para o cinema, feito pelos diretores Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Ele fez três filmes pela companhia (Sai da Frente, Nadando em Dinheiro e Candinho), ao mesmo tempo em que trabalhava na novela sertaneja o “Bernard Shaw do Tucuruvi”, das Emissoras Associadas.

Ao todo, foram 32 filmes realizados pelo ator que faleceu, no dia 13 de junho de 1981, aos 69 anos, em São Paulo. Dentre os principais filmes estrelados por Mazzaropi estão: A Carrocinha (1955); O Gato da madame, Fuzileiro do Amor e o Noivo da Girafa (1956); Chico Fumaça e Chofer de Praça (1958); Jeca Tatu e Pedro Malasartes (1959).

Em 1995, foi fundado no Hotel Fazenda Mazzaropi, em Taubaté, o Museu Mazzaropi. O Museu, que retrata todo a história do artista, realiza, sempre em abril, a Semana Mazzaropi.
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