O CASAMENTO DOS DOIDOS

Dando continuidade aos momentos poéticos e as parcerias com nossos amigos de outros blogs, vai aí outra boa história.


foto da internet
O CASAMENTO DOS DOIDO

Meu primo doido contou que tem um doido casado com uma prima dele, doida, fia de um véio adoidado E os dois numa maluquice inventaro uma doidice mais antes de endoidecer o doido foi se adoidando e a doida tá esperando um doido novo nascer.

A famia toda é doida, Doida avó, doido o avô. Um doido, dixe outro doido que outro doido contou, que um doido morreu de doido que outro doido matou.

Eu mermo sou meio doido, tão doido que me confundo Lá in casa tudo é doido, doido Zé, doido Raimundo. Doido branco, doido preto, doido limpo, doido imundo, Dois doido tomando banho um no raso, outro no fundo, quem não for doido bem doido endoidece num segundo, não conheço doido certo nem mermo doido profundo, tem doido que é tão doido que de doido, é vagabundo. Doido de hoje e de ontem num tem mais doido que conte os doido que tem no mundo.

Esse doido que casou com essa doida, também diz que é doido por a doida, que a doida é quem lhe qué bem, doido ele, doida ela, doido vai e doido vem, que é doido e não tem juízo que a doida também num tem, que a doidice é dele e dela e ele num troca ela pela doida de ninguém.

Quando a doida beija o doido, o doido acende o estrovo a doida convida o doido pra sair do meio do povo, o doido sente um cansaço, a doida manera o passo, passa a mão no espinhaço toda noite, é um abraço todo ano, um doido novo.

Fonte: http://www.ciafilhosdosolrn.blogspot.com/


(Pedro Bandeira) Poeta e Repentista.
Poema extraído do blog: http://www.alexandreteatro.blogspot.com/

postado por Jardeu Amorim

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