Dorme pequeno burguês


Dorme pequeno burguês,
Esconde tua face amarga
Entre os pesadelos que te atormentam,
Busca sonhar acordado 

Nas noites que te isolam,
Busca conforto eterno
Na morte de sua alma,
Acha no sepulcro de teus aposentos

O esconderijo interior,
Cospe suas letras erradas
No papel que te escuta,
Ouve nos braços da noite

A ultima oração cantada,
Prova de teu próprio veneno
Mesmo sendo amargo e forte,
Onde esta teus sonhos infantis?

Que te deixam neste momento,
Onde estão os amigos de ontem?
Que hoje não sorriem mais,
Onde esta a arte que te enche?

Que hoje te deixou tão seco,
Grita pras quatro paredes
Teus poemas imbecis,
Leia aquele soneto

Que era pra ser o ultimo,
Dorme pequeno burguês
Porque pode ser este sono,
O ultimo de sua historia.


( Emanuel Coringa)

1 comentários:

  • Cleber Duarte | 4 de maio de 2009 às 09:16

    Parabéns Arte e Riso. São esses tipos de contribuições culturais que ajudam a nossa cidade a se reerguer de tamanhas ofensas e atrocidades que vem acontecendo com frequência, atacando e ferindo a boa convivência e os princípios da nossa pacata, mas rica Umarizal. Abraço a todos.

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